Ocid(o)ente
No “ocidente demente”, condenar ou tentar condenar candidatos presidenciais, por forma a impedi-los de se candidatarem é a justiça a funcionar. É o Estado de Direito a marcar o passo da Democracia. Mas quando isso acontece noutros países, como a Rússia, por exemplo, o “ocidente demente” enche as telas do mediatismo com acusações de “regimes totalitários e ditatoriais”, onde não há democracia e onde o poder político tem absoluto controlo sobre a justiça.
Em França, a justiça condenou Marine Le Pen a uma sentença que a impede de concorrer às próximas eleições presidenciais. Nos EUA tentaram fazer o mesmo a Donald Trump. Na Roménia também impediram Calin Georgescu de se candidatar à presidência. Independentemente da opinião que cada um possa ter acerca destes políticos, aquilo que ninguém pode negar é o mais do que evidente padrão de tentar impedir determinados candidatos de chegarem ao poder. Porque todos eles são/eram candidatos em posição de vencer as eleições. Não esqueçamos o pormenor de vencerem com o voto popular.
É o mesmo indecoroso e demente ocidente que classifica Nicolás Maduro de ser um ditador, ao mesmo tempo que reconhece como vencedor das eleições, o candidato que foi clara e inequivocamente derrotado. Ou, pior que isso, o mesmo bando de crápulas que reconhece como Presidente da Venezuela, um indivíduo que nem sequer foi a eleições. Ainda se lembram do Guaidó, não se lembram? Anda por Miami, a gozar o pagamento de Washington.
É também o mesmo ocidente patético que acusou Putin de impedir que um tal de Navalny lhe fizesse concorrência no boletim de voto. Navalny – para quem não sabe – era um fascista e neonazi que apelava à implementação de políticas ultranacionalistas e à expulsão e/ou extermínio de imigrantes, entre outras maravilhas muito apreciadas pelas “democracias” ocidentais. Navalny nunca colheu mais do que 2% de intenções de voto. Os dementes do ocidente alegam que essas sondagens eram fabricadas pelo Kremlin, já as sondagens que dizem que a maioria do povo ucraniano ainda apoia Zelensky, essas são 100% independentes. Porque – segundo os dementes do ocidente – a Ucrânia é uma democracia. Pois claro que é. A Ucrânia é uma democracia onde se proíbe a realização de eleições, onde se impede vários partidos políticos de exercerem a sua actividade e de se candidatarem, e onde os dissidentes do regime são presos e/ou assassinados. Tal como aconteceu com o jornalista de nacionalidade norte-americana, Gonzalo Lira.
E, por cá, ainda temos que levar com a propaganda dos dementes, patéticos e corrompidos “fazedores de opinião”, como um tal de Daniel Oliveira – que se faz passar por alguém de esquerda –, cujo único objectivo é adormecer aqueles que também se consideram de esquerda e democratas, e que vêem nele um farol de esclarecimento.
O Daniel Oliveira que por cá muito se irrita com imigrantes encostados a uma parede, é o mesmo que vibra com um indivíduo que fazia apelos à matança de imigrantes na Rússia. E é o mesmo Daniel Oliveira que defende acerrimamente a “democracia” ucraniana, uma das mais corruptas e putrefactas não só da Europa, mas de todo o mundo, e onde os partidos de esquerda estão proibidos de existir. Mas, atenção. Não se deixem enganar. O Daniel Oliveira é de esquerda. Claro que é. Só que é da outra esquerda.