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Contrário

oposto | discordante | inverso | reverso | avesso | antagónico | contra | vice-versa

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RAPIDINHA

Sempre a apoiar o nazismo, o "nazionismo" e o genocídio. E sempre a regurgitar a propaganda de Washington. Coisinha repelente.

Olhó "bloco central"

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Ainda há muita gente a considerar que PS e PSD são partidos muito diferentes. E, normalmente, é essa considerável franja de eleitores que decide o resultado das eleições, ora dando a vitória a um, ora ao outro. E, na realidade, aquilo que temos é o “bloco central” a bombar há cerca de 50 anos.

Estamos em plena campanha eleitoral (oficialmente, em pré-campanha), para as próximas eleições legislativas. Seria de esperar que PS e PSD (AD) estivessem a fazer a habitual encenação, de que são muito diferentes um do outro. Seria de esperar que estivessem a digladiar-se pelo eleitorado. E, se calhar, ainda vamos ver um pouco disso mais à frente. Mas a realidade, aquela que acontece continuadamente é a de que PS e PSD estão sempre de acordo naquilo que é essencial para a manutenção e perpetuação dos seus interesses pessoais.

Em plena campanha eleitoral, PS e PSD entenderam-se para aprovar um pacote de 3 mil milhões de euros para armas. Eu não sei bem se será isso, mas Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos deverão estar a pensar usar essas armas para matar todas as pessoas que necessitam do Serviço Nacional de Saúde, assim a guerra que se vive no SNS acaba. Talvez estejam a considerar a possibilidade de liquidar os pensionistas, assim deixam de pagar pensões e acaba-se com o problema da “sustentabilidade” da Segurança Social. Estarão ainda a ponderar assassinar todos os trabalhadores que ganham o salário mínimo, e assim acabam com essa fastidiosa discussão acerca da necessidade de aumentá-lo.

Deve ser isso… pois não se vislumbra nenhuma outra guerra no caminho dos portugueses.

O PS e o PSD também se entenderam – há bem pouco tempo – na elaboração da criminosa “lei dos solos”. PS e PSD também deram as mãos para impedir o alargamento da licença parental. PS e PSD entendem-se sempre, quando o objectivo é canalizar milhões para quem já tem milhões e tostões para quem só tem tostões. PS e PSD entendem-se muito bem, quando o objectivo é dar um aumento de 18 euros a uma pensão de 300 euros e um aumento de 300 euros a quem recebe uma pensão de 6.000 euros.

E, claro, não podemos esquecer a maior e mais criminosa lei que alguma vez um governo implementou em Portugal – a de proibir os cidadãos de se deslocarem a um serviço de urgência. Convinha que as pessoas tomassem consciência de que estão proibidas de se dirigirem a um serviço de urgência. E mesmo que tenham um AVC à porta da urgência, a porta continuará fechada. Se isto não é fascismo e ditadura, eu não sei o que lhe chamar. PSD implementou a lei e o PS nada fez, porque concorda com ela. Porque são farinha do mesmo saco.

Agora, aprovaram – quase na surdina – a lei que vai fazer jorrar milhares de milhões para a indústria da guerra. Lei que conta com o “aval” da Comissão Europeia. Claro que sim. Aliás, foi uma imposição da Comissão Europeia, à qual PSD e PS obedecem com enorme satisfação.

Sempre que se fala em aumentar salários e pensões ou sempre que se fala em mais investimento no SNS, PSD e PS vêem com a ladainha de que o dinheiro não estica e de que é preciso ter muita atenção ao défice, que é preciso ter as contas certas. Mas quando se trata de injectar milhares de milhões em bancos, o dinheiro aparece logo. Quando se trata de enviar milhares de milhões para a indústria da guerra, o problema do défice e das contas certas já não se coloca. Há sempre uma artimanha pronta a ser posta em prática.

Eles entendem-se tão bem, mas tão bem, que até vemos governos do PS a nomear “Frasquilhos” (do PSD) para a administração da TAP e vemos governos do PSD a nomear “Seguros Sanches” (do PS) para administrar ULS’s. E por falar em ULS’s, lembrei-me de outra: o PSD tem em marcha um plano de privatização das mesmas, tendo em vista a total privatização do SNS. O PS assiste, sem estrebuchar.

PSD e PS são isto – duas faces da mesma moeda, duas nádegas de um só traseiro pestilento.

Votem neles, que votam muito bem. Mas não se esqueçam, ao votar num estão a votar no outro. Pelo menos tenham consciência disso e não se enganem a vós próprios.