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RAPIDINHA

Os guardiões da “boa informação”

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Os guardiões da “boa informação” dizem-nos que o exército russo está a destruir a Ucrânia. Dizem-nos – incessantemente – que o exército russo tem arrasado várias cidades ucranianas. Dizem-nos que por onde passam deixam um rasto de morte e destruição.

E ainda nos presenteiam com o palavrório diário do senhor Zelensky, que também farta-se de afirmar que Putin está a destruir a Ucrânia, e que depois disso vai avançar para outros países europeus. Zelensky aparece todos os dias a implorar por mais armas, aviões, para que se feche o espaço aéreo e até mesmo para que a OTAN intervenha directamente no conflito.

Portanto, quem ouve, lê e vê a “boa informação” fica com a sensação de que o exército russo está mais forte do que nunca. E que é uma ameaça para toda a Europa e para o resto do mundo.

Simultaneamente, a mesma “boa informação” diz-nos que a estratégia de invasão do senhor Putin está a ser um desastre – recordemos que apenas dois dias após o início da invasão, já nos dizia que Putin havia perdido a guerra. A “boa informação” diz-nos também que Putin não faz ideia do que se passa no terreno e que o seu exército está até a recusar combater. Ainda acrescentam que as tropas russas não têm munições nem comida e que já morreram cerca de 15 mil soldados.

Em suma, segundo a “boa informação”, o exército russo é uma máquina de destruição maciça que tem de ser parada antes que seja tarde demais e, ao mesmo tempo, dizem-nos que o exército russo não passa de um conjunto de tropas mal preparadas, sem estratégia, sem munições, sem comida e cujos militares quinam a cada esquina.

Sabemos que a isenção, o profissionalismo e a competência no jornalismo são coisas do século passado mas, pelo menos até há bem pouco tempo ainda evidenciavam alguma coerência na falta de todos esses predicados. Agora nem isso.