Os “líderes” europeus são uns invertebrados
E a comunicação social também
Seymour Hersh é um jornalista norte-americano sobejamente reconhecido pela sua excelente carreira jornalística e pelo brilhantismo com que sempre desenvolveu jornalismo de investigação. Seymour Hersh é tido como um dos jornalistas mais competentes e até foi agraciado com inúmeras distinções, entre as quais o Prémio Pulitzer.
No passado dia 8 de Fevereiro, Seymour Hersh publicou um artigo onde informa detalhadamente como foi planeada e executada a operação de sabotagem aos gasodutos Nord Stream 1 e 2. O artigo deixa também muito claro quem foram os mandantes de tamanho acto terrorista.
O ataque a estas infra-estruturas tão importantes para a economia europeia constitui a maior e mais grave ameaça alguma vez levada a cabo contra o espaço europeu. Como é possível que NINGUÉM se interesse pelo que aconteceu, que NINGUÉM queira apurar responsabilidades e que NINGUÉM sequer se atreva a falar no assunto?
NENHUM “líder” europeu demonstra qualquer interesse em saber quem foram os responsáveis por tamanha agressão ao espaço europeu. Também por cá, nenhum “líder” político (do Governo ou da oposição) se atreve a questionar o intolerável desinteresse no assunto.
O ataque aos gasodutos constitui o mais grave ataque à economia europeia, mas também um dos mais graves crimes ambientais e, pasmemo-nos, nem os ambientalistas – sempre em pulgas para berrar palavras de revolta – se atrevem a abordar a questão.
E, como sempre, também a comunicação alinha nesta horda de invertebrados. A comunicação social faz completa tábua rasa de um enorme escândalo, que acaba de ser publicado por um dos jornalistas de investigação mais reputados de sempre. Como é possível que uma comunicação social sempre sedenta de escândalos não dê NENHUMA importância a um assunto tão grave?
A VERDADE é que o ataque aos gasodutos Nord Stream 1 e 2 foram planeados e ordenados pelo poder em Washington e executados por carrascos norte-americanos e noruegueses. Ataques que foram planeados vários meses antes da invasão russa à Ucrânia.
Mesmo aqueles que possam ser mais cépticos em relação ao artigo de investigação jornalística publicado por Seymour Hersh têm a obrigação de, no mínimo, exigir que se faça uma investigação rigorosa e que se apure a VERDADE. Mas NUNCA ficarem calados. Como referi, Seymour Hersh é sobejamente reconhecido pelo seu rigor profissional e pela forma com que sempre investigou e apurou a verdade. Além disso, esta VERDADE é tão óbvia, tão gritante, que não há como pôr em causa aquilo que está descrito no artigo. E, se a essa verdade gritante juntarmos o facto de todos os “líderes” políticos europeus e de toda a comunicação social estarem desavergonhadamente com a cabeça enfiada na areia, bom, então aquilo que já não oferece dúvida passa a ser uma verdade absoluta.
Felizmente, no Parlamento Europeu ainda existe uma boa meia dúzia de deputados competentes e com a espinha dorsal intacta.