Os portugueses são os maiores a confiar
Há uma notícia que dá conta de que Portugal ocupa o segundo lugar do ranking da União Europeia, em que as pessoas mais confiam na televisão e radio públicas. Ou seja, este ranking refere-se apenas aos órgãos de comunicação públicos, mas poderia perfeitamente incluir todos os outros órgãos de comunicação social (os privados), que o resultado não seria muito diferente, isto é, os portugueses continuariam a ser os maiores pimpões no que respeita à confiança depositada naquilo que é dito na televisão e nas rádios.
Este tipo de notícia só surpreende a quem anda muito distraído e não tem reparado nas conversas que se ouve no dia-a-dia, um pouco por todo o lado. Muitas pessoas não se chegam a aperceber disso, porque valorizam mais o conforto de pertencer a um grupo maioritário de pessoas que partilham a mesma opinião que a sua - sobre tudo e mais alguma coisa – do que pensar pela sua própria cabeça e ter opinião própria. E, na realidade, limitam-se a repetir os chavões que ouvem na televisão e na rádio. E depois é vê-los todos vaidosos em ser "as melhores pessoas do mundo" quando colocam bandeirinhas da Ucrânia, mas que não se atrevem a exibir a bandeira da Palestina. É vê-los, quase em 2024, a correr como carneirinhos esfomeados para tomar uma "vacina" experimental que, até nos EUA, já ninguém a quer. E é vê-los também a acreditar que o aumento das taxas de juro do BCE servem para combater a inflação. Enfim, é vê-los a acreditar piamente em tudo o que vêem e ouvem na televisão e na rádio.
A comunicação social, nomeadamente através dos seus meios tradicionais, mais não faz do que esconder os factos (na verdade, eles já nem se dão ao trabalho de os buscar), do que deturpar a realidade, do que apagar a história, do que reescrever a história, do que fazer dos inocentes os maiores culpados e fazer dos maiores escroques as mais cândidas e honestas pessoas e/ou instituições à face da Terra.
A comunicação social está ao serviço do poder instituído, que é composto por uma minoria de organizações que a controla, tal como controla o poder político. A comunicação social está, sem dúvida, a prestar um óptimo serviço aos todo-poderosos, porque também ela vai mantendo o poder de controlar as mentes das massas, que julgam possuir pensamento próprio.