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Contrário

oposto | discordante | inverso | reverso | avesso | antagónico | contra | vice-versa

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RAPIDINHA

Trump deporta imigrantes, porque considera que as pessoas devem viver na sua terra, no seu país de origem, com excepção do povo palestiniano, que deve ser expulso do seu próprio país e entregá-lo aos "nazionistas".

Palavras ocas que encantam gente bacoca

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Há muito, muito tempo que aqueles que ocupam os lugares com funções governativas, nada mais fazem do que aparecer na comunicação social – onde estão como peixe na água – com discursos absolutamente ocos, desprovidos de qualquer sustentação e sem qualquer manifestação de vontade em resolver os problemas.

Um governante é um profissional a quem lhe são atribuídas funções executivas. É seu dever saber diagnosticar problemas e demonstrar que tem a capacidade para os resolver. É isto que se espera de um governante. Poucas palavras e muita acção.

No entanto, há muitos anos - e agora nota-se ainda mais - que os governantes não passam de meras figuras decorativas. Eles não estão para se chatear com a difícil tarefa de resolver os problemas das pessoas. Não, eles estão lá para se pavonearem constantemente e para receber as rendosas conezias inerentes ao desempenho do cargo.

E depois é vê-los a fazer a figurinha que Ana Paula Martins (ministra da saúde), por exemplo, tem feito. Aparecem em todas as esquinas da prostituída comunicação social a dizer coisas do tipo: “nós compreendemos a frustração dos portugueses”, “os portugueses têm razões para se queixar”, “sabemos a ansiedade que sentem”, “nunca escondi que a resposta que temos dado não tem sido a melhor”, “assumimos que ainda há muito para fazer”, “estamos solidários com as dificuldades dos portugueses”, “nós nem sempre acertamos”, “as coisas levam o seu tempo”, “os portugueses são os melhores do mundo”, entre muitas outras bacoradas que só servem para passar a mão pelo pêlo dos cidadãos e amansá-los bem amansadinhos, até que estes fiquem num estado de entorpecimento mental que os impeça de desenvolver qualquer reacção, qualquer resquício de espírito crítico, perante a total falta de competência, de pudor e de decência, por parte de quem governa.

De um governante espera-se acção, capacidade de decisão, resolução dos problemas e não apenas o discorrer de falinhas mansas, de pretensas solidarizações e palavras impregnadas de falsa comoção. No fundo, o que eles pretendem com toda esta encenação – à qual a comunicação social dá especial cobertura e ênfase – é falar ao coração das pessoas, para colocar a situação no campo das emoções e colher a simpatia dos cidadãos que, não raras vezes, acabam por reagir com um “coitados, eles [os governantes] também não podem fazer milagres”. Quando na realidade, aquilo que eles – os governantes – estão a dizer é: “Eh pá, não nos chateiem. Nós estamos aqui para tratar das nossas vidinhas e não das vossas. Mas como os nossos tachos dependem dos vossos votinhos, da vossa completa alienação da realidade e da vossa quietude, nós vimos aqui encenar umas palavrinhas bonitas que vos falam ao coração”.

Vá lá. Não chateiem os senhores governantes. Eles também são pessoas, de carne e osso, como nós. Não podemos esperar que eles resolvam os "nossos" problemas de um dia para o outro. E esse “um dia atrás do outro” já dura há mais de 50 anos. Oh! Mas eles são tão fofinhos e boas pessoas, não são? Não os chateemos e votemos nos mesmos de sempre. Sabe tão bem ouvir palavras ocas e fofas.