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Contrário

oposto | discordante | inverso | reverso | avesso | antagónico | contra | vice-versa

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RAPIDINHA

Com a Iniciativa Liberal (IL) no Governo, em poucos anos teremos milhares de multinacionais portuguesas, milhões de grandes empresas e outros tantos milhões de médias empresas. Com a IL no poder, acaba-se com essa pelintrice que são as pequenas empresas e, acima de tudo, acaba-se com a praga que são os trabalhadores, sempre a queixarem-se de tudo e mais alguma coisa. Com a IL no poder só haverá empresários de sucesso. Grandes empresários.

Papistas, mas pouco…

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Aqueles que nos próximos dias vão desfazer-se em elogios ao Papa Francisco são os mesmos que – diariamente – pregam às pessoas uma doutrina completamente antagónica à do sumo pontífice, agora falecido.

Políticos, comunicação social e outros que tais, vão andar num corridinho de declarações muito emotivas, mas ocas de coerência e sem qualquer ponto de contacto com a sua realidade.

O Papa Francisco foi tudo aquilo que os políticos não são e proclamou uma mensagem contrária àquilo que a comunicação social propaga, todos os dias. Todos, todos, todos.

Recordo-me de, numa entrevista ao jornal Corriere della Sera, o Papa Francisco ter dito que o “latido da OTAN à porta da Rússia” pode ter forçado Putin a invadir a Ucrânia.

Recordo-me de o Papa ter dito, a respeito do genocídio na Palestina, que: “Não podemos aceitar de forma alguma o bombardeio de civis”. Ou que “não podemos aceitar que crianças morram de frio porque hospitais foram destruídos ou a rede de energia de um país foi atingida.”

Também me lembro de o Papa Francisco ter criticado a actuação os bancos, inúmeras vezes. Lembro-me de ele ter pedido que os países mais ricos cancelassem as dívidas dos mais pobres. O Papa Francisco fartou-se de denunciar os inaceitáveis malefícios do sistema financeiro e do capitalismo que “esmaga as pessoas”.

Políticos (sobretudo os do poder) e comunicação social praticam algo completamente diferente e veiculam uma mensagem que nada tem a ver com a do Papa Francisco. Mas agora, no momento da sua morte, não terão qualquer pejo em continuar a ser aquilo que realmente são e sempre foram – uns hipócritas, uns bandalhos sem qualquer resquício de dignidade e de respeito pelas pessoas. Nem mesmo pelo Papa Francisco, a quem, até no momento da sua morte, querem sugar e apropriar-se, ao máximo, da sua credível reputação e boa imagem.