Portugueses retidos no estrangeiro? É ir lá buscá-los e ter uma conversinha…
São várias as notícias que nos dão conta de que existem vários portugueses retidos no estrangeiro, que se encontram impedidos de regressar devido aos fortes condicionamentos que a situação relativa ao coronavírus exige.
As pessoas queixam-se que as autoridades portuguesas não querem saber deles e que os deixaram à sorte do seu próprio destino.
Bem, eu fico irritado com tamanha cretinice. Desde logo porque é mentira que as autoridades portuguesas os tenham abandonado mas, acima de tudo, porque a esmagadora maioria daquela gente, senão mesmo a sua totalidade decidiu ir gozar umas férias, ignorando todos os avisos das autoridades nacionais e internacionais.
Não, não foram trabalhar, muito menos em urgência por razões de saúde. Foram gozar férias, quando os avisos para que não se viajasse eram repetidos até à exaustão. Não quero saber se já tinham as viagens reservadas e pagas há muito tempo. Isso não lhes atenua a tremenda irresponsabilidade.
É, de facto, muito assustador que exista pessoas com este nível intelectual e cívico. Saliente-se ainda o facto de que alguns deles são médicos e enfermeiros que, quanto mais não fosse, deveriam ter cancelado as suas férias em solidariedade para com os seus colegas que estão a batalhar nos hospitais portugueses.
Não tenho paciência para este tipo de imbecis, contudo, entendo que as autoridades portuguesas devem fazer o possível para os trazer de volta, ou seja, devem fazer por eles e pela sua saúde aquilo que eles próprios negligenciaram. E depois, bem, depois é ter uma conversinha séria e, no mínimo, a obrigatoriedade de permanecer em quarentena e assistir a umas aulas de civismo.