Qual fascismo? É a "democracia" avançada e moderna a funcionar
A polícia - política - do Reino Unido deteve um professor judeu e israelita, após este ter proferido um discurso pró-Palestina e no qual se manifestou contra o genocídio em Gaza.
O professor Haim Bresheeth, que é filho de sobreviventes do Holocausto e fundador da Rede Judaica para a Palestina, foi detido na passada Sexta-feira, durante uma manifestação em frente à residência do embaixador israelita no norte de Londres, por - tal como alegou a polícia - “fazer um discurso de ódio”.
No seu discurso, Bresheeth disse que Israel “não pode vencer o Hamas” e que “Israel não alcançou nenhum dos seus objectivos declarados, seja em Gaza, no Líbano, no Irão ou em qualquer outro lugar”. Portanto, só disse verdades.
Bresheeth foi libertado na manhã de Sábado, depois de uma noite sob custódia. O seu caso foi encaminhado para o Crown Prosecution Service (CPS) da Grã-Bretanha.
A detenção de Bresheeth segue-se a uma série de rusgas e detenções dirigidas a activistas e jornalistas pró-Palestina ao abrigo da “legislação anti-Terror”, que mais não é do que uma lei que visa punir todos quantos se atrevam a dizer a verdade e a criticar o governo britânico, pelas suas investidas fascistas, imperialistas e genocidas em Gaza, no Médio Oriente ou em qualquer parte do mundo.
Fascismo? Estado policial e ditatorial? Não. Trata-se apenas de uma das mais “avançadas democracias”. E, como bem sabemos, em "democracias" avançadas e modernas, a comunicação social vivem em constante estado prostibular face ao poder instituído. E, por essa razão, nunca mostrará nada que ponha em causa esse poder. Típico de um Estado fascista e ditatorial.