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Contrário

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RAPIDINHA

Estará o Sapo com medo de deixar de ser pago para plantar "notícias"? Não deve ser isso...

Se fossem “doutores” bombeiros seria bem diferente

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A prostituída comunicação social interpela os bombeiros que se encontram em protesto por melhores condições, da seguinte maneira:

- Não acham que estão a dar um mau exemplo à sociedade?

- Ao usarem artigos de pirotecnia, não acham que estão a piorar a vossa situação nas conversações?

- O facto de estarem tantos bombeiros em protesto (milhares) não vai afectar o serviço às populações? Acham bem?

E, apesar de ainda não ter ouvido esta alegação, não faltará muito para apelidarem os bombeiros em protesto de “uns insurrectos de extrema-direita”, apenas porque eles ousaram cometer esse hediondo crime que é entoar o hino nacional.

É sempre assim que se comportam os peões de brega da comunicação social. Ou seja, quando o protesto é realizado por classes de trabalhadores que eles consideram como inferiores, por exemplo, quando os trabalhadores do lixo fazem greve – que é algo raro - os jornalistas falam em algo inaceitável, que as ruas ficam atoladas em lixo, que é uma porcaria… Que não pode ser assim, não podem atrapalhar a vida das pessoas.

Ou quando são os camionistas a fazer greve – que também é raro – são logo apelidados de insurrectos, que não têm respeito pela vida das pessoas, que entopem as estradas, que não há produtos suficientes nas prateleiras dos supermercados e que não há combustível nos postos de abastecimento. Apontam-lhes os dedos todos e acusam-nos de não terem o direito de infernizar a vida das pessoas, dessa maneira.

Mas quando os “senhores doutores” fazem greve ou protestam por melhores condições (eles que têm muitíssimo melhores condições do que praticamente todos os outros trabalhadores), quando isso implica a falta de atendimento a pessoas que desesperam por melhorar o seu estado de saúde e, não raras vezes, a morte de cidadãos, aí os jornalistas até fazem de claque de apoio aos senhores doutores, alegando que eles ganham muito poucochinho, que precisam de melhores condições e que têm todas as razões e mais algumas para protestaram.

Alguma vez alguém ouviu algum jornalista perguntar a um médico em greve, se ele/ela tem consciência das nefastas implicações que isso tem na saúde de milhares de pessoas? Alguém os viu pressionar a classe médica e a destacar o facto de serem a classe de trabalhadores mais bem paga no país? Algum jornalista alguma vez teve a coragem de espor os hipócritas que são aqueles que fizeram o Juramento de Hipócrates? Nunca. Muito pelo contrário.

É assim que funciona a comunicação social – defendem e fazem sempre campanha a favor das classes mais favorecidas e tentam sempre marginalizar as classes profissionais que mais dificuldades enfrentam no seu dia-a-dia.

Actualmente, ter uma acreditação de profissional da informação da comunicação social é possuir a maior autenticação do que é ser um verdadeiro monte de merda.