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Contrário

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RAPIDINHA

Sempre os mesmos carneirinhos

gastos_armas.jpg

Não se trata de investir em defesa, mas de fazer jorrar biliões para os magnatas mafiosos da indústria de armamento, para alimentar o capitalismo de guerra. Biliões sem fim, que vão endividar-nos eternamente, que vão aumentar o custo de vida, que vão infernizar as nossas vidas. Biliões que vão sair do bolso de quem trabalha, para os bolsos das elites capitalistas, em detrimento do investimento na saúde, na habitação, na educação e nas condições salariais.

Quando é que esta gente vai ter vergonha na cara e deixar de apoiar e papaguear as mentirolas que ouvem sair das bocarras dos corruptos fantoches-políticos?

Por aquilo que vejo, leio e ouço, esta pesquisa de opinião do Sapo é bastante representativa daquilo que é a opinião geral dos portugueses. Portanto, entre 60% a 70% dos portugueses considera que despejar biliões em armas é absolutamente necessário, porque "não há alternativa" (segredou-lhes a Ursula ao ouvido), sendo que a maioria considera que esse gasto criminoso de dinheiro público já deveria ter sido feito há mais tempo. São os mesmos 60%/70% responsáveis pela consecutiva eleição de políticos-fantoches, corruptos até ao tutano. São os que votam sempre no “bloco central” (PS e PSD/CDS), aqueles que juntamente com as suas famílias políticas europeias controlam e conspurcam as instituições europeias.

Apenas 6% considera que se deveria investir noutras áreas, como a saúde, a habitação, a educação, a valorização dos salários de quem trabalha, etc. E apenas 14% está inteiramente contra este gasto em armas, alegando que a Europa deveria apostar na diplomacia e na paz.

Temos novas eleições aí à porta. E, em princípio, a história vai repetir-se.

Adicionado cerca de três horas depois:

moção_eleições.jpg

Estão a ver? Os tais 60% a 70% que acham que a realização de novas eleições não serve a ninguém, nem mesmo ao povo que, segundo eles, sairá a perder. Portanto, temos – há cerca de um ano – um governo que só desgoverna, que destrói o SNS (não sei se alguém se deu conta, mas é proibido ir a um serviço de urgência dos hospitais em Portugal. As pessoas até podem ir, mas mesmo que caiam para o lado com um AVC à porta do hospital, não serão atendidas, a menos que liguem para uma linha de atendimento), um governo que nada fez pelo acesso à habitação condigna e ainda legisla em favor da especulação imobiliária, um governo que reduz impostos sobre os lucros (a banca teve o maior luco de sempre em 2024), que já pôs em marcha mais uma avalanche de privatizações ruinosas e que deixou à vista de todos, o quão corruptos são e o quão comprometidos estão com a defesa dos interesses capitalistas, estando-se nas tintas para as condições de vida difícil da maioria dos cidadãos.

Perante esta realidade, a maioria das pessoas considera que realizar eleições – agora – é muito mau. São exactamente as mesmas que vão votar nos mesmos de sempre (PS e PSD/CDS).

Bem vistas as coisas, até têm razão, não é verdade? Se é para votar nos mesmos, o melhor é não votar.

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