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Contrário

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RAPIDINHA

Trump deporta imigrantes, porque considera que as pessoas devem viver na sua terra, no seu país de origem, com excepção do povo palestiniano, que deve ser expulso do seu próprio país e entregá-lo aos "nazionistas".

Será que viajar de avião vai voltar a ser um luxo?

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Tanta gente preocupada com a falta de aeroportos e, afinal, parece que aquilo que vai faltar nos próximos tempos são aviões e lugares disponíveis. Não que eles não existam, mas porque não há pessoal suficiente para garantir o tráfego aéreo necessário.

Primeiro, vieram com as desculpas esfarrapadas de que o cancelamento de voos e as intermináveis filas de espera se devia a condições climatéricas, depois eram alguns problemas técnicos, avarias e até mesmo greves. No caso português, mais concretamente no aeroporto de Lisboa, até chegaram a apontar as culpas para o rebentamento de um pneu de um jacto privado. Enfim.

A verdade é que a principal razão que está a causar o caos na aviação, um pouco por todo o mundo, tem a ver com o facto de não haver pessoal suficiente para garantir o tráfego necessário. E não existe pessoal suficiente porque muitos milhares de funcionários foram despedidos e/ou empurrados para a reforma antecipada no decorrer da pandemia. Como toda a gente ainda se deve recordar, as empresas de aviação e aeroportuárias receberam muitos milhares de milhões de dinheiros públicos durante a pandemia, para fazer face às dificuldades e, sobretudo, para não despedir funcionários. Mas não foi isso que eles fizeram. Eles sacaram o dinheiro e despediram milhares de trabalhadores.

Convinha também lembrar que muitos trabalhadores – sobretudo nos EUA - foram despedidos por não terem aceitado tomar a vacina contra a Covid-19. Agora vêm-nos dizer que há falta de pessoal e que não puderam antecipar que isto iria acontecer. Mas isso faz algum sentido? Então, empresas com os melhores CEOs do mundo – a TAP esperou mais de um ano só para poder contratar uma “estrangeira” muito competente – não foram capazes de antever que com o regresso da “quase normalidade”, o “normal” seria que o fluxo nos aeroportos voltasse aos níveis pré-pandemia? Eu diria mesmo que seria mais do que expectável que o tráfego de viagens aéreas aumentasse para níveis acima dos que se verificaram em 2019.

Quem é que imaginaria que depois de mais de dois anos de confinamentos e isolamentos, as pessoas iriam querer viajar? Toda a gente imaginaria isso, excepto os brilhantes CEOs das companhias aéreas e aeroportos que ensacaram milhões e, ao contrário do que era suposto, trataram de despedir muitos dos seus funcionários.

O que é realmente estranho – e ao mesmo tempo tão previsível – é o facto de a comunicação social estar a reportar este problema de forma enviesada, sem apontar o dedo às verdadeiras razões que estão na sua base.

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