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Contrário

oposto | discordante | inverso | reverso | avesso | antagónico | contra | vice-versa

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RAPIDINHA

Diz o gajo que proibiu o exercício da actividade política a vários partidos da oposição e que cancelou a realização de eleições no seu país.

Só um Marques Vidal não chega

A ex-procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, aproveitou o momento em que se está a discutir eventuais alterações ao estatuto do Ministério Público para, uma vez mais, demonstrar que ainda não engoliu o facto de não ter sido reconduzida no cargo.

A ex-PGR disse que “há algumas redes que capturaram o Estado e que utilizam o aparelho do Estado para a prática de ilícitos”. Gostei particularmente quando Joana Marques Vidal apelou para que pensássemos nas “redes de corrupção e de compadrio nas áreas da contratação pública nos vários organismos do Estado”.

Também não fiquei alheio à resposta que Joana Marques Vidal deu quando foi confrontada com o facto de o seu reinado ter sido profícuo em fugas ao segredo de justiça. A ex-procuradora geral optou por atirar as culpas para cima dos advogados e da polícia, porque no Ministério Público são todos muito reservados e calados.

Importa ainda salientar que tudo isto foi proferido numa sessão, cheia de pompa e circunstância, onde estiveram todos. Vá… quase todos. Passos Coelho, por exemplo, não estava lá. A seu tempo, ainda não chegou o timing certo.

Não sei por que razão, mas quando ouvi estas afirmações da senhora ex-procuradora-geral, não pude deixar de me lembrar do senhor seu irmão (o outro Marques Vidal), que não é Joana mas é João e que também é procurador. João foi nomeado procurador-geral adjunto no reinado da Joana, mas não pela Joana, que era a “maior” da PGR na altura. Foi nomeado pelo “vice” de Joana, não fosse alguém vir acusar a senhora de compadrio ou coisa pior. Como se viu (ou não), foi tudo às claras.

João Marques Vidal é procurador-geral adjunto no DIAP de Coimbra e uma das suas mais recentes e inquietantes decisões foi impedir que a Polícia Judiciária detivesse Álvaro Amaro, recentemente eleito deputado ao Parlamento Europeu pela lista do PSD e suspeito de corrupção passiva na operação “Rota Final”. A PJ sustentou ter factos mais do que suficientes para a detenção do ex-autarca da Guarda, mas o senhor procurador Marques Vidal não entendeu da mesma forma. Lá está. Parece que os Marques Vidal têm alguns diferendos com a polícia. Ninguém diria.