Sodomizem-nos, mas devagarinho
Os “líderes” europeus – sobretudo os da União Europeia – são mesmo uns vermes sem qualquer laivo de tenacidade. Penetráveis em toda a sua dimensão. E como adoram ser enrabados pelo poder norte-americano. São até capazes de se matar uns aos outros, só para ver qual deles se coloca em melhor posição, para receber a tão almejada sodomização.
Mas estes vermes querem agora demonstrar que não apreciam uma sodomização “à bruta”, mesmo depois das incontáveis e violentas pirocadas que o “império” lhes inflige há décadas.
Na sequência das patéticas afirmações de Donald Trump – que diz pretender anexar a Gronelândia – os líderes-fantoches europeus já se apressaram a dizer que “a União Europeia vai sempre proteger democracias e liberdades”. Podiam fazer de conta que Trump é um pateta que não merece atenção, mas não, eles estão instruídos para sair da casota e latir com toda a força, sempre que o império determina.
Curiosamente, Mette Frederiksen, a Primeira-ministra da Dinamarca, saiu da toca para dizer que “os EUA são o mais importante e o mais próximo aliado da Dinamarca”. Vejam que não teve qualquer pejo em assumir que os EUA são mais importantes para a Dinamarca, do que qualquer estado-membro da União Europeia. Se a União Europeia fosse o tal “belo jardim” que os líderes-fantoches costumam apregoar, se fosse o grandioso “projecto europeu” (que nunca saiu da fase de projecto), se fosse mesmo uma “União”, então, cada estado-membro teria nos demais estados-membros da União, os mais importantes parceiros, não é verdade? Mas não. Todos sabem muito bem que a União Europeia é uma fantochada. E os EUA não são o seu principal parceiro, mas sim o seu montante de eleição que lhes dá na tarraqueta.
Frederiksen foi ainda mais longe, ao dizer que o interesse demonstrado por Trump na região do Árctico “é muito bem-vindo, desde que isso seja feito com o ‘respeito’ pelo povo da Gronelândia”. Estão a ver, não estão? Se Trump souber fazer a coisa com o habitual “carinho” com que as mais variadas administrações norte-americanas têm feito noutras paragens, a anexação – directa ou indirecta – pode-se fazer sem qualquer problema. Ou seja, se Trump souber comprar os decisores políticos dinamarqueses do “jeitinho certo”, a coisa faz-se sem que se levantem muitas ondas no Árctico. A senhora Frederiksen estará disposta a entregar a Gronelândia numa bandeja a Washington, basta que lhe ofereçam um futuro tacho no FMI, no Banco Mundial ou na OTAN. Foi sempre assim. Quem era o anterior secretário-geral da OTAN? Quem é o actual? Para que grande banco norte-americano foi Durão Barroso? Para que farmacêutica foi o marido da dona Ursula? Enfim, apenas alguns exemplos de como se compram e se vendem os vermes-políticos europeus.
Por outro lado, António Costa, Ursula von der Leyen, Macron ou até mesmo Olaf Scholz não perderam tempo e não falharam perante aquilo que são as suas funções, isto é, espalhar a propaganda do império norte-americano. Reparem que nenhum deles estrebuchou quando, por exemplo, a administração Biden rebentou com os gasodutos Nord Stream – infra-estrutura muitíssimo importante para a economia europeia. Recordemos que, desde então, a economia alemã (e toda a economia da União Europeia, por arrasto) está em queda livre.
Portanto, o imperialismo norte-americano esmaga a Europa – sobretudo a União Europeia – há décadas, pelo menos desde a Segunda Guerra Mundial. O império com sede em Washington controla por completo a economia da União Europeia, controla as políticas europeias, tem toda a preponderância no que respeita à (in)segurança e ao militarismo (OTAN) e ainda propaga no espaço europeu toda a sua propaganda, desvirtuando toda a história e cultura europeias. Pode-se dizer que não há um controlo territorial directo, porque não houve uma invasão e uma tomada do controlo das instituições do poder na forma mais tradicional e/ou com recurso à violência. Foi precisamente sob a desculpa da não-violência e da manutenção da paz, que Washington colonizou quase todos os países europeus, como se fosse um passeio no parque. Mesmo não havendo uma ocupação e um controlo directos, a verdade é que Washington tem absoluto controlo sobre a União Europeia que, aliás, não passa de mais uma invenção do império norte-americano. E, por essa razão, funciona tão mal.
Mas não deixa de haver um controlo territorial dos EUA sobre a Europa, sobretudo se considerarmos as inúmeras bases militares que Washington detém no espaço europeu. Portanto, se há espaço geográfico no globo terrestre que está completamente anexado e controlado pelos EUA, esse espaço chama-se União Europeia.
E, nestas circunstâncias, os patéticos “líderes” europeus não se coíbem de fazer mais uma figurinha absolutamente ridícula, ao tentar demonstrar que se sentem muito incomodados com as declarações imperialistas de Trump sobre a Gronelândia. Como se uma eventual investida de Trump para anexar a Gronelândia fosse de uma gravidade comparável com aquela que se vive no espaço da União Europeia, há décadas.
Não me interpretem mal. Obviamente que as hipotéticas intenções de Trump são completamente insanas e até cómicas, se considerarmos valores como a democracia, a liberdade e a justiça. Contudo, e por comparação, isso só vem demonstrar o quão grave é o facto de a União Europeia estar totalmente dominada pelo poder norte-americano, tendo perdido quase toda a sua autonomia e soberania. E mais cómico se torna, se tivermos a real consciência de que se Washington quiser a Gronelândia, Washington tê-la-á. E será uma grande festarola.
O problema destes vermes é ser o Trump a futura cara do império norte-americano, porque sempre que Washington usa a desculpa esfarrapada da “segurança nacional” e mundial para anexar, invadir, perpetrar golpes de estado, fazer guerras e espalhar o terror por tudo quanto é sítio, estes invertebrados prestam-lhes – SEMPRE – as devidas vénias e apoiam todas as suas criminosas investidas.
Trump só precisa de ser “meiguinho”, para que o bando de sodomizados europeus se coloquem na posição de total submissão, que eles tanto apreciam.