Somos todos pelo SNS?
Estão a morrer pessoas nos serviços de urgência dos hospitais devido à falta de tratamento adequado, muito provavelmente devido à falta de pessoal médico e de meios próprios que um serviço de urgência deve ter.
Naturalmente que, nesta altura do ano, os serviços registam um aumento da afluência e isso deveria ter sido acautelado pelos mais altos responsáveis do Ministério da Saúde que, ao invés de dotarem os hospitais públicos dos meios técnicos e humanos necessários, não, imbuídos do espírito troikiano decidiram efectuar cortes. Cortes na saúde! Cortes nos cuidados médicos! Cortes na qualidade do serviço de urgência! Inexorável e literalmente, cortes na Vida das pessoas.
A somar a toda esta selvajaria, o Ministério da Saúde ainda permite que se reduzam os horários de funcionamento de vários centros de saúde, o que contribui para o aumento de afluência nas urgências hospitalares, para o consequente aumento do tempo de espera, para o aumento da probabilidade de se ser mal atendido e, em casos extremos, de se morrer por falta de cuidados.
Portanto, tudo a correr bem na estratégia montada pelos tipos que desgovernam o país, que não é mais do que forçar a ocorrência de falhas graves no serviço público de saúde, sustentando assim a sua doentia e perversa tese de privatização do mesmo. Estamos a assistir ao vivo e de braços cruzados ao assassinato do Serviço Nacional de Saúde.
A propósito, somos todos pelo SNS?