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Contrário

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RAPIDINHA

Os empresários estão contra as eleições, porque tinham uma "urgência muito grande" em aumentar - condignamente - os salários dos trabalhadores. Assim, vai ficar para as calendas gregas...

Southernexit?

Está a decorrer a Cimeira dos Países do Sul da Europa, em Lisboa. Nesta cimeira, além de Portugal, estão representados os governos de Espanha, França, Itália, Grécia, Malta e Chipre. O principal objectivo desta cimeira é discutir o futuro da União Europeia (UE), onde certamente será abordada a questão da saída do Reino Unido.

 

A pergunta que eu gostaria de fazer a esta cimeira é se vão ter a coragem de avançar com a ameaça de uma saída em bloco, um “Southernexit”. Sei que se trata de uma ideia peregrina, principalmente pela conveniente amizade entre franceses e alemães e, também, a posição servil do governo de direita espanhol. Não quero com isto dizer que o caminho deva ser mesmo a saída da União Europeia, mas imagine-se a força que este grupo de sete países teria nos destinos na União se soubesse usá-la convenientemente.

 

Podem dizer que um clima de crispação e ameaça não é solução para os problemas da Europa, mas a verdade é que esses mesmos problemas resultam disso mesmo, ou seja, do clima de ameaça constante que os países a norte (Alemanha, em especial) exercem sobre os restantes membros. Partilho da opinião dos que defendem que é necessário virar o bico ao prego. Já vivemos o suficiente para perceber que não há outra forma de resolver a situação de impasse em que a Europa se encontra. E se não há saída, então o caminho é sair.

 

Os mais pessimistas dizem que se os países com economias mais frágeis optarem por sair será pior para eles. Será? Então, alguém já pensou como seria para os outros países da UE, caso estes sete saíssem?

 

A União Europeia não é nem nunca foi uma verdadeira união entre Estados-membros, foi sempre um jogo de forças e de poder, em que a vontade e os interesses dos mais fortes sempre se impuseram. Na verdade nunca houve uma União Europeia, mas sim uma “Relação Europeia” que, como em qualquer relação, são os jogos de poder que comandam os destinos. É por essa razão que não tenho dúvidas que está na hora de entrar no jogo e equilibrar as forças, ou então, a melhor coisa a fazer é saltar fora.

 

Se eu acho que esta cimeira vai ser um passo nessa direcção? Não, não acredito. Trata-se apenas de conversa e mais conversa. Contudo, poderia ser uma excelente oportunidade para, pelo menos, colocar o Tratado Orçamental em cima da mesa e começar a fazer exigências. Mas nem isso estes sete países serão capazes de fazer. Há quem não compreenda o alcance das suas forças, ou prefira viver para sempre subjugado.

 

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