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Contrário

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RAPIDINHA

As afirmações de Ursula von der "Liar" têm a mesma credibilidade que a sua tese de doutoramento ou as "qualificações" que aparecem no seu CV.

Subir não quer subir salário mínimo

O líder da equipa do FMI, que tanto tem explorado as debilidades portuguesas, chama-se Subir Lall. E qual o interesse no nome deste senhor? É que o seu nome quase nunca faz justiça às medidas que defende.  As principais medidas do FMI e da troika são os cortes. Que tipo de cortes? Cortes sob todas as formas possíveis e imaginárias. E olhem que nesta matéria, e apenas nesta matéria, estes senhores conseguem ser muito criativos.

 

Mas, eis que Portugal, essa nação de gente obediente e de vassalos governantes, consegue colocar um ponto de inversão na tendência troikiana de cortes constantes. E como é que Portugal consegue este grande feito? Simples, bastou falar no aumento do salário mínimo. A troika e o FMI nem querem ouvir falar em aumento de salário mínimo, alegando que a primeira preocupação deverá ser a criação de emprego. O senhor Subir afirma que a subida do salário mínimo dificultaria a situação dos desempregados com baixa qualificação. O que ele parece ignorar é que uma boa parte dos desempregados em Portugal são altamente qualificados e, certamente também ignora que muitos daqueles que têm emprego têm-no de forma muito precária, estando mesmo a auferir o salário mínimo ou pouco mais.

 

A lógica de pensamento económico do senhor Subir e seus compinchas (governo português incluído) é de que quanto menor o salário mínimo, maior a possibilidade de criação de emprego. Eles não chegam a afirmar, mas eu posso garantir-vos que ouço bem o seu pensamento a gritar que o ideal era pôr as pessoas a trabalhar sem ganhar nada, pelo menos durante uns tempos e, aí sim, o desemprego diminuiria.

 

Para terminar, resta apenas referir que não há dúvidas do quanto esta gente percebe sobre criação de emprego, vejam-se os valores das taxas de desemprego dos países intervencionados. Ó senhor Subir! Queira fazer o favor de fazer jus ao seu nome, quando voltar a falar de salário mínimo!

7 comentários

  • Sem imagem de perfil

    Nuno Cruz

    29.04.14

    Um colega referiu um video (https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=f93ZDBnShS0), senao lhe bastar o caso da indonésia, também tem a jamaica, a argentina, ou outras 20 ditaduras militares sobre as quais existem alguns documentários que relatam o que o FMI promove, e o quem garante que são posto em prática as politicas económicas de flexibilização do salário, e das condições dos trabalhadores. Senão bastar as ditaduras militares, pode ver as democracias, algumas como a nossa pseudo-socialista e com aversão ao comunismo e socialismo.
    Os deputados do PSD, já admitiram que quem lhes paga o salário é o FMI, e por isso devemos acatar ordens dos mesmo, se você acha o mesmo e acha que até 2038 (segundo portas) vamos ter um milagre económico se prepare para o pior, pois só Portugal já tentou 3 vezes e não funcionou, existem tudo um histórico de insucesso, de falhanço colossal desta instituição em grande parte das suas intervenções. Recomendo que verifique dados do seu historio e crie você mesmo a reportação com os dados que encontrar, e estime o sucesso das medidas de diminuição do salário mínimo e do flexibilização das condições contratuais do trabalhadores em portugal, e os resultados do mesmas.
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    Edu

    29.04.14

    Aumentar o salário mínimo é uma forma de gerar desemprego dos trabalhadores menos qualificados. Quanto maiores os salários, mais elevados são os custos de produção. Quantos mais elevados os custos de produção, maiores são os preços. Logo, menor a quantidade de bens e serviços procurados e o número de trabalhadores empregados para os produzir ou prestar.
    É verdade que, com o aumento do salário mínimo, aumentam os salários daqueles que conservam o seu posto de trabalho. Estes beneficiarão de um monopólio criado por essa medida governativa que exclui do mercado de trabalho aqueles trabalhadores que aceitariam trabalhar por um salário inferior. Ou seja, os que são relativamente mais pobres. No entanto, é também verdade, que alguns perderão a breve prazo o seu posto de trabalho, sendo de refletir se valerá a pena alguns receberem mais 15 euros por mês quando uma parte, por pequena que seja, vai ficar certamente desempregada.
    A qualidade de vida não se aumenta por leis e decisões arbitrárias como o aumento do salário mínimo, mas pelo aumento da produtividade do trabalho, a qual aumenta a oferta de bens realtivamente à oferta de trabalho reduzindo os seus preços relativamente aos salários, permitindo que os preços aumentem menos do que os salários quando a aumentam a quantidade de dinheiro em circulação e a despesa privada.
    Se aumentar o salário mínimo desse origem aos milagres económicos que vocês descrevem, a troika seria a primeira instituição a recomendar essa medida, uma vez que a sua prioridade é recuperar o dinheiro que emprestou ao país mais os respetivos juros, e com milagres económicos dessa magnitude até poderiam exigir uma taxa de juro muito superior. Já pensaram que a troika ganha tanto mais dinheiro quanto maior for o sucesso económico das suas medidas? Se vocês emprestassem dinheiro a alguém estariam mais interessados no sucesso económico dessa pessoa ou no seu insucesso, tornando inviável a amortização do empréstimo?
  • Sem imagem de perfil

    Nuno Cruz

    29.04.14

    Aumentar o salário mínimo aumenta o desemprego é uma falacia tremenda, os mesmo países que disse não terem salario mínimo, não tem grande desemprego e mesmo assim pagam muito mais 3 ou 5 vezes mais que Portugal pelas mesmas funções, por isso não venha com a estória do custo de produção porque isso não encaixa muito bem se comparar salários portugueses e alemães com as mesmas tarefas.
    Se vocês colocar 1 português a produzir 1 carro de 20.000, e um alemão a produzir 1 modelo de 100.000 a produtividade de cada 1 vai ser muito diferente. Por isso não olhe só para o custo de produção, mas para o valor do que produz, e lembre que o que pode estar em causa é a tentativa de obter margens de lucro em modelos low cost usando mao-de-obra cada vez mais barata, para competir com mercados maiores que aquele que compra carros de 100.000 euros.
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    Edu

    29.04.14

    Finalmente deu-me razão: não é preciso salário mínimo para ter desemprego baixo, salários altos e produtividade alta.
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    Nuno Cruz

    29.04.14

    E eu não disse que "é preciso salário mínimo para ter desemprego baixo, salários altos e produtividade alta", disse que não é a baixar salários que aumenta a produtividade, e que quando há muito desemprego e recessão, baixar os salários é acentuar a recessão.
  • Sem imagem de perfil

    Edu

    29.04.14

    Disse sim! Olhe: "O aumento do salário mínimo ajuda, inequivocamente, a aumentar o emprego e o consumo, a reduzir o nível de pobreza e a atenuar as desigualdades. Já para não falar no acréscimo de produtividade (que os patrões tanto se queixam) que pode advir com o aumento dos salários mais baixos." num dos primeiros comentários...
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