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Contrário

oposto | discordante | inverso | reverso | avesso | antagónico | contra | vice-versa

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RAPIDINHA

O prémio Nobel da Paz foi entregue àqueles que depois de levarem com duas bombas atómicas nas trombas, se tornaram nos maiores capachos e subservientes daqueles que lhes infligiram o massacre. Se repararem, a notícia da atribuição do Nobel da Paz vai correr o mundo, sem que se relembre quem foram os perpetradores das catástrofes atómicas. Chiu! Deixem a malta pensar que foi a Rússia, a China, a Coreia do Norte ou o Irão.

Uma pergunta para António Costa

No congresso nacional do Partido Socialista, que decorreu no passado fim-de-semana, António costa deixou no ar a possibilidade de uma coligação à Esquerda, caso não consiga obter uma maioria absoluta nas Legislativas do próximo ano. Foram muitos os que se apressaram a dizer que o PS de António Costa está a “virar à Esquerda”, o que não deixa de ter a sua piada.

 

Eu, que já levo alguns anos de observação atenta a estes passarões da política portuguesa, fiquei logo de pé atrás, face ao discurso de Costa. Toda a gente sabe que a maioria dos partidos à esquerda do PS não está interessada numa coligação com os socialistas, a menos que os dirigentes do Partido Socialista se mostrem verdadeiramente empenhados num entendimento com as verdadeiras políticas de Esquerda. E isso não se faz apenas com discursos.

 

Já esta semana, vimos António Costa quase de mãos dadas com Paulo Portas e, Basílio Horta que foi um dos fundadores do CDS e que nele militou durante muitos anos, já se apressou a sugerir que uma coligação com o CDS-PP seria muito proveitoso para o PS e para o país. Recorde-se que Basílio Horta já foi deputado eleito pelo Partido Socialista e é o actual Presidente da Câmara de Sintra, também pelo Partido Socialista.

 

Também é sabido que, uma considerável parte de militantes “ilustres” do Partido Socialista apoia uma coligação com o PSD, caso vençam as eleições sem maioria. E até nem é nada difícil de antever o cenário. Vejamos, o PS vence as próximas eleições sem maioria, o PSD é o segundo partido mais votado, Passos Coelho demite-se, Rui Rio assume a liderança e está montado o mal-afamado Bloco Central.

 

Ora, há uma pergunta que se impõe fazer a António Costa:

 

O PS considera a possibilidade de se coligar com o PSD, o CDS-PP ou ambos, caso não obtenha maioria absoluta nas próximas Legislativas?

 

Eu, tal como muitos milhares de portugueses, só poderemos considerar a possibilidade de votar no PS se a resposta a esta pergunta for dada sem rodeios ou discursos retóricos e evasivos.

 

Espero que António Costa tenha a coragem de assumir uma posição firme sobre este assunto, em tempo útil. É que o silêncio do PS em relação a estes cenários começa a tornar-se ruidoso e o tique-taque do relógio não pára.