Uma vergonha és tu, fantoche
A vergonha que deve ser para um cidadão alemão ver o seu chanceler completamente manietado pelo poder em Washington a fazer as figuras mais ridículas que um político pode fazer. De entre todos os “líderes” europeus, Olaf Scholz é, de longe, o maior fantoche. O poder em Washington está constantemente a c****-lhe na cabeça. Recorde-se, por exemplo, aquilo que aconteceu aquando do atentado terrorista aos gasodutos Nord Stream, uma importantíssima infra-estrutura para o desenvolvimento da economia alemã (e europeia).
Não, Scholz não está ao serviço do povo alemão, muito menos do povo europeu. Scholz serve obediente e alegremente a oligarquia norte-americana, que há-de saber reconhecer e retribuir-lhe muito bem a vassalagem que ele lhes presta. E agora, como não poderia deixar de ser, Scholz absorveu e regurgitou a narrativa que Washington lhe ditou.
Scholz criticou Mahmoud Abbas, Presidente da Palestina, por este ainda não ter vindo condenar os ataques perpetrados pelo Hamas, no passado Sábado. Scholz disse que o silêncio de Mahmoud Abbas é vergonhoso.
Scholz nunca foi à Palestina ouvir as queixas de Mahmoud Abbas e do povo palestiniano. Scholz nunca mexeu uma palha no sentido de trabalhar para a paz na região, muito menos para reconhecer o Estado da Palestina. Scholz nunca mostrou qualquer indignação pelas décadas de terror que os sucessivos governos israelitas impuseram (e impõe) ao povo palestiniano. Scholz nunca se incomodou com a existência do maior campo de concentração do mundo na Faixa de Gaza. Scholz nunca sequer se atreveu a criticar o governo israelita pela prática de genocídio, pela criminosa e hedionda estratégia de eliminação de um povo, que dura há largas décadas. Scholz nunca se envergonhou com nada disto.
Mesmo assim, impregnado de sabujice e desprovido de qualquer carácter, teve o descaramento de atacar o representante de um povo esquecido, completamente abandonado e entregue às mãos dos facínoras da mais depravada extrema-direita israelita.
Depois admira-se que a extrema-direita alemã esteja em franco crescimento, ao contrário do seu partido, que se diz de centro-esquerda e que continua a cair. Entre uma extrema-direita assumida e uma extrema-direita encapotada, o povo acaba por preferir os primeiros.
Este merdoso – à semelhança de quase todos os merdosos políticos ocidentais e os merdalhas da comunicação social – quer, à força toda, que as autoridades palestinianas reconheçam que o ataque do Hamas a Israel foi um acto terrorista. Logo eles que nunca reconheceram como actos terroristas os milhares de abomináveis ataques levados a cabo por Israel sobre a Palestina. Pior que isso, não tiveram qualquer pudor em apoiar esse terrorismo. E continuam a fazê-lo e a tentar encobrir a sua desumanidade e a sua maldade, desviando todas as atenções e o ónus da culpa para as acções do Hamas que, por muito maldosas que sejam, não se comparam com o mal que Israel casou e causa ao povo palestiniano.
Quem ousa sequer comparar as maldades, só está a tentar inventar desculpas para o terrorismo e para o genocídio que Israel exerce sobre o povo palestiniano e pior que isso, só está a legitimá-lo. São tão pulhas e criminosos quanto o governo de Israel e o governo dos EUA.