Vieira fala de barriga cheia (e costas quentes)
Após a derrota no Estádio do Dragão, Luís Filipe Vieira veio defender que os jogos disputados pelo Benfica e pelo FC Porto deveriam ser dirigidos por árbitros estrangeiros. Esta ideia do presidente do Benfica, além de patética é absolutamente incompreensível, já que toda a gente sabe que o Benfica não se dá muito bem com arbitragens estrangeiras. Mas o mais estapafúrdio é o Benfica fazer esta exigência, agora, após a derrota frente ao rival FC Porto.
Vejamos, o Benfica é beneficiado pelas arbitragens, onde se inclui o VAR (e de que maneira) praticamente em todos os jogos e quando se sente prejudicado, na minha opinião sem qualquer razão, vem com estas ideias patéticas. Só a título de exemplo, o jogador Taarabt não deveria ter jogado no Dragão, já que deveria ter sido expulso no jogo anterior. Pior para ele, coitado, acabou por perder um dente. Vieira fala de barriga cheia. E este tipo de discurso, bem como vouchers e convites para os camarotes é que realmente condicionam e colocam pressão nos árbitros.
Mas as patetices de Vieira não ficam por aqui. O presidente do Benfica veio também reclamar da suposta inoperância do Governo em relação à mais que evidente falta de segurança nos estádios. Vieira sustenta que não cabe ao presidente do Benfica garantir as condições de segurança no Estádio da Luz. Portanto, Vieira considera que ter um estádio pago em boa parte pelo Estado, bem como gozar de todas as benesses fiscais que uma instituição de utilidade pública como o Benfica tem é pouco. Vieira não tem dúvidas de que cabe apenas e só ao Estado português garantir a segurança dentro do Estádio da Luz (e nos demais). Está bem. É uma opinião, patética, mas é uma opinião.
Eu ainda quero ver o que dirão os responsáveis do Governo. É que às vezes, só às vezes, fico com a sensação de que além da barriga cheia, o Vieira tem as costas bem quentes.