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Contrário

oposto | discordante | inverso | reverso | avesso | antagónico | contra | vice-versa

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RAPIDINHA

COMO SE FOSSE NORMAL. Uma UE promotora da corrupção, da fuga de capitais e da lavagem de dinheiro. Uma UE ao serviço das elites, dos grandes grupos económicos, dos oligarcas e das máfias. Viva o "belo jardim" que é a União Europeia!

Votar no Livre é votar no PS (é perpetuar o "bloco central")

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O Livre é um partido que se diz de esquerda, mas cujo principal objectivo é retirar votos aos partidos de esquerda e servir de tampão à influência desses partidos na governação. O partido Livre também serve para albergar os votos dos descontentes com o PS, que pretendem uma política de esquerda. Então, o Livre existe para captar esses votos de descontentamento, para de seguida entregar esses mesmos votos – numa bandeja – ao PS. O Livre quer ser para o PS aquilo que o CDS é e sempre foi para o PSD. O Livre quer ser o contrapeso que permita sustentar um governo do PS, que governe “à PS”. O sonho do Livre é conseguir eleger o número de deputados necessários para juntamente com o PS formar uma maioria parlamentar. Simultaneamente, o Livre é o sonho do PS, porque nesse cenário, consegue uma maioria que não tem que depender de partidos como o PCP, Os Verdes e o BE – esses chatos que não deixam o PS fazer o que bem lhe apetecer. É para isso que se criou o Livre, para servir de tampão à esquerda.

Eu não tenho nada contra a criação de novos partidos, muito pelo contrário, mas para que raio serve o Livre? Um partido de dissidentes do Bloco de Esquerda que pretende afirmar-se entre o Bloco e o PS. Não me parece que haja espaço entre o BE e o PS. A ideia de que esse espaço existe é um mito – criado pelo próprio PS – e qualquer um que se mostre interessado em preencher esse espaço, só estará a disponibilizar-se para ser a muleta do PS. Nada mais do que isso.

Apesar desse defeito congénito, o Livre é ainda um partido que da suposta ideologia de “esquerda” só carrega consigo a patética ideologia woke (importada da também falsa esquerda norte-americana). Idiotices woke, às quais o PS não se importará de ceder (porque também eles são patetas woke) em troca de o Livre assinar de cruz todo o programa do PS. Portanto, votar no Livre é votar no PS. Que ninguém se iluda do contrário.

Perante os vários casos de corrupção que assolam os partidos do famigerado “bloco central” (PS e PSD), o Livre só tem a dizer que “não vai atirar mais lenha para a fogueira”, que “não vai agir com populismo”, que “são um partido moderado” e que querem sempre “fazer parte da solução”, porque o que verdadeiramente interessa é “resolver os problemas dos portugueses”. Portanto, as mesmíssimas balelas que os partidos do “bloco central” usam para engodar os eleitores.

O Livre diz que está na política para evitar a influência dos “extremos” na governação. Não poderiam ser mais explícitos sobre ao que vêm. O Livre só se distingue do PAN, no facto de estes não serem carne nem peixe, ou seja, estes disponibilizam-se para viabilizar qualquer partido do “bloco central”. O Livre só está disponível para concubinar-se com o PS, pelo menos por enquanto, porque o senhor Rui Tavares já começou a referir-se ao PSD e ao CDS como “a direita democrática que muito deu ao país”.

O Livre é um partido de choninhas agrilhoados na teia do politicamente correcto, que entende que a política não deve ser feita por extremos. Quão pateta tem que ser alguém – sobretudo se se considera de esquerda – para defender este tipo de ideias. A política faz-se de extremos, sim. E se eu pretendo combater a extrema-direita fascista, racista, xenófoba e tudo o resto, eu tenho que estar no outro extremo, sim. E não apenas fingir que sou muito moderado, politicamente correcto, “wokista” e sem uma posição política firme e bem definida, porque isso, como bem se vê, só tem servido para fomentar o crescimento da extrema-direita.

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